quinta-feira, 24 de maio de 2012

Exercício 6.3: Base e Terreno - Curvas de Nível

Como trabalho final do semestre na disciplina de Maquetes, faremos a maquete da Fundação Iberê Camargo. 
Para tanto, iniciamos os trabalhos reproduzindo as curvas de nível encontradas no entorno. Sendo a Fundação localizada na encosta de um morro e nas margens do Lago Guaíba, foi bastante trabalhoso de reproduzir com precisão as curvas irregulares.


Abaixo algumas fotos do processo:





O material utilizado foi papelão ondulado em chapas, dispostos sobre uma base de MDF 9mm de dimensão 50x50cm.


Seguem abaixo fotos da etapa finalizada:






Entre as curvas, foi deixado o espaço do estacionamento no subsolo, e do atelier e escritórios:
Estacionamento
Encaixe para atelier e escritórios



sexta-feira, 11 de maio de 2012

Exercício 6.2: Volume - Espuma Floral

Após a visita à Fundação Iberê Camargo e, agora, com maior conhecimento dos detalhes do local, nossa tarefa foi reproduzir o edifício. O primeiro material que utilizamos para isso foi a "espuma floral", um material fácil de ser alterado; porém, requer muita delicadeza, por ser muito frágil e fácil de ser "quebrado".


Após muita calma na execução, esse foi o resultado que obtive:







Exercício 6.1: Visita à Fundação Iberê Camargo

No dia 4 de maio, sexta-feira, visitamos a Fundação Iberê Camargo. Conhecer melhor a obra e perceber os detalhes a fim de reproduzi-la como trabalho final do semestre foram os principais objetivos da visita.


A fundação foi inaugurada em 30 de maio de 2008 e foi projetada pelo arquiteto contemporâneo português Álvaro Siza.
A obra revela o arquiteto detalhista, cuidadoso e, de certa forma, ousado, responsável pelo projeto. Siza, além de projetar o prédio em si, também preocupou-se com o mobiliário, placas de informações, formas esbeltas em todas as fachadas, com o sistema sonoro, de iluminação e de temperatura.


Desde sua fachada esbelta, feitas de concreto armado branco, às margens do Guaíba, é possível perceber a ousadia do projetista:







A obra é dotada de curvas sem deixar de seguir um padrão de regularidade e alinhamento:





Quando chegamos, a primeira coisa que nos chamou atenção foi a forma curva do banco, cuidadosamente planejada para continuar na porta da pequena loja no térreo, que, por sua vez, também tem relação com a bancada da recepção:





Logo após, fomos ao auditório no subsolo, local onde, até mesmo as poltronas foram projetadas por Siza:




Outros móveis também planejados por Siza, feitos de bétula finlandesa:


Cadeira nas galerias

Bancos do ateliê


Cabideiro no mezanino


No projeto, também foi procurada a maior segurança possível para as obras do artista Iberê Camargo, demonstrada pelas grandes portas corta-fogo no acervo das obras:






As entradas de luz ao longo de todo o museu, colocadas em posições estratégicas, formando um jogo de luz e sombra bastante criativo:


Corredor

Entrada de luz nas galerias

Aberturas nos corredores

Aberturas no teto


Detalhes das luminárias também projetadas por Siza:




O 4º andar, reservado apenas para as obras de Iberê Camargo, foi projetado para receber também iluminação natural, mas, devido ao perigo da deterioração das obras, recebe apenas iluminação artificial:





As aberturas para a entrada de ar nas salas de exposição, as entradas de ar abaixo das poltronas e as caixinhas de som no auditório e os espaços das tomadas quase imperceptíveis demonstram as preocupações com detalhes sutis:

Aberturas para entrada de ar
Tomadas no chão


O design das pequenas placas de informações revelam ser de autoria do arquiteto:

Placa de Informações


Aviso no banheiro

A superposição dos andares e suas formas ousadas, mas alinhadas, demonstram o bom planejamento de cada detalhe:



As aberturas em posições estratégicas feitas para aproveitar a bela paisagem que circunda o museu, transformando essas aberturas em belos quadros da realidade:







Claraboia no interior das rampas

Detalhe de uma espécie de pátio entre as salas no subsolo:




Oficina no subsolo:




Ateliês no subsolo com mezanino ao nível do solo:



O espaço da cafeteria, ao lado da entrada oficial, com metade da "caixa" suspensa, criando certa tensão:



E, por fim, o estacionamento, que me chamou bastante atenção por ter uma estrutura, design e iluminação bem diferente dos estacionamentos comuns, além de passar por baixo da avenida:

Estacionamento subterrâneo

Reflexo do Estacionamento
Estacionamento abaixo da avenida


Todos esses detalhes fazem da Fundação Iberê Camargo uma referência em Arquitetura Contemporânea, motivo pelo qual o Álvaro Siza venceu, em 2002, o Prêmio Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura em Veneza com o projeto do museu.